Neste Dia Mundial do Teatro, os membros da equipa do Espalha-Factos tiveram um desafio: revelar a peça de teatro que de alguma forma os marcou mais. As escolhas foram muito diversas. Vê se alguma coincide com a tua!
Rita Mendes (Gestora de Recursos Humanos) : Bovary
“Eu quando penso em Bovary, penso em rodopio e numa espiral crescente quase de insanidade do que se passa ali. Gostei muito da história, mas o que me marcou mesmo foi a forma como as personagens me envolveram naquilo. Achei as interpretações muito bem conseguidas. Fiquei especialmente encantada com o Pedro Gil e a Carla Maciel. A espiral de emoções começou a tornar-se tão rápida que não havia meio de escapares e de não conseguires viver em ti o que se passa ali em palco. Eu não aprecio o teatro de uma forma técnica, é mais a parte psicológica. Para mim é mesmo muito importante eu conseguir comunicar empaticamente com as personagens e com a história. lsso aconteceu em Bovary.”
João Patrício (Redator Música) : As You Like It
“Assisti a esta peça há cerca de dois anos e meio. Já não visitava uma sala de espetáculos há anos e tenho a dizer que foi uma peça bastante interessante. Foi bom ver artistas como Manuela Couto e João Lagarto noutro contexto para além das telenovelas. Ri-me do início ao fim. As You Like It não foi de todo uma peça recomendada para os mais púdicos.”
Beatriz Ferreira ( Redatora TV& Média) : Bang Bang You’re Dead
“Lembro-me que me marcou pela intensidade das representações (por jovens de um grupo de teatro amador) mas também pela atualidade e pertinência do tema – os (infelizmente comuns) massacres nas escolas norte-americanas. Mas a peça é muito mais do que isso: permite uma reflexão sobre a violência nas escolas e os comportamentos que para ela apontam (muitas vezes ignorados por terceiros). Tudo isto é complementado pela perfeita simplicidade dos cenários.”
Cátia Rocha ( Editora Música) : A Mãe
“Gostei muito de ver a Mãe de Brecht. É um clássico. Gostei muito, principalmente porque tinha uma interpretação fantástica da Maria do Céu Guerra.”
Teresa Serafim (Editora Palcos) : Pocilga
“Nos últimos tempos assisti a uma peça que juntou um pouco de tudo aquilo que gosto no teatro: componente social, uma narrativa não linear e muita dinâmica em cena. Acho que é daquelas peças que nos dá muito bons indicadores do bom teatro que se faz em Portugal, porque foi encenada por um novo criador, o John Romão. Depois claro, teve uma interpretação muito intensa do Albano Jerónimo, onde ele conseguiu atingir vários registos na personalidade. Foi daquelas peças em que não consegui deixar de olhar para o palco um segundo. Com texto do Pasolini, confirmo como o teatro não está morto e pode ser um meio excelente de crítica ao ser humano, neste caso da decadência da sociedade e do seu sistema financeiro e de valores.”
Ana Mateus ( Comunicação) : Cats
“Eu adoro musicais e a forma como a música nos envolve ao longo da peça. Toda a gente vibrou quando Melody começou. Cats é uma produção da ‘velha guarda’ por isso tem uma grande reputação a manter e a companhia que trouxe a peça a Portugal não foi excepção. Senti-me como se estivesse em Londres, adorei.”