No mês das águas mil assinalamos cinco dos discos mais marcantes do ano de 2005 lançados pelos Architecture in Helsinki, The National, Of Montreal, Caribou e Mountain Goats.
Architecture in Helsinki – In Case We Die (Moshi Moshi)
Apesar do nome poder induzir outra pátria, são australianos e são mais que as mães. Há precisamente dez anos puseram toda a gente a dançar com a pop delicodoce de In Case We Die, disco irreverente e festivo. Apesar de nenhum dos que se lhe seguiram terem a leveza e boa disposição deste registo, há que ter o ouvido nestes Architecture in Helsinki.
Para ouvir também: Wishbone e Maybe You Can Owe Me
The National – Alligator (Beggars Banquet)
Foi decididamente o disco que pôs os The National no caminho da comunidade indie e que os consagrou como uma das maiores bandas da década. A emotividade das letras, das guitarras, das interpretações de Matt Berninger foi realçada ao terceiro disco dos americanos, onde o difícil é escolher a melhor música. Mr. November, quanto mais não seja pela raiva transmitida ao vivo, figurará sempre como uma das músicas mais emblemáticas da banda.
Para ouvir também: Baby, We’ll be Fine e Lit Up
Of Montreal – The Sunlandic Twins (Polyvinyl)
Um disco caleidoscópico que vive da genialidade de Kevin Barnes, e excelente energizante para a entrada da primavera. Festivo e contagiante, The Sunlandic Twins pode não ser o melhor disco da carreira dos americanos (e eles editam praticamente todos os anos) mas é um disco fresco que sabe bem ouvir.
Para ouvir também: Requiem for O.M.M., October Is Eternal
Caribou – The Milk of Human Kindness (Domino Records)
The Milk of Human Kindness marca a estreia de Dan Snaith com o nome de Caribou depois de ter que mudar forçosamente o seu anterior nome, Manitoba. O disco surge também como um recomeço da banda que vai, no entanto, beber ao passado profundas influências, nuns Kraftwerk ou nuns Neu!. Excelente prenúncio do que o músico viria a fazer nestes últimos dez anos.
Para ouvir também: Bees e Pelican Narrows
The Mountain Goats – The Sunset Tree (4AD)
Ao nono disco de estúdio a banda de indie folk americana escreve um disco introspetivo, nostálgico e profundamente marcado pelo passado amargurado do seu líder John Darnielle. The Sunset Tree é por isso um disco autobiográfico, maduro e sólido, com o qual é praticamente impossível não sofrermos.
Para ouvir também: You or Your Memory e Love, Love, Love